sábado, 26 de junho de 2010

Faixa a Faixa: Das Kapital - Capital Inicial


Banda: Capital Inicial
De Onde: Brasília, Brasil
Formação: Dinho Ouro Preto (Vocal), Yves Passarel (Guitarra), Flávio Lemos (Baixo) e Fê Lemos (Bateria)
Discos que já lançou: Capital Inicial (1986), Independência (1987), Você Não Precisa Entender (1988), Todos os Lados (1990), Eletricidade (1991), Rua 47 (1995), Capital Inicial Ao Vivo (1996), Atrás dos Olhos (1998), Acústico MTV (2000), Rosas e Vinho Tinto (2002), Gigante! (2004), MTV Especial: Aborto Elétrico (2005), Eu Nunca Disse Adeus (2007), Capital Inicial Ao Vivo Multishow (2008)
Site: http://www.capitalinicial.com.br/ - twitter.com/capitalinicial - www.myspace.com.br/capitalinicial

Disco: Das Kapital
Ano: 2010
Produtor: David Corcos (Marcelo D2, Seu Jorge, Planet Hemp)


01 - Ressureição (3’56”):
Irônico o título da faixa que abre o disco, considerando o grave acidente que Dinho Ouro Preto sofreu em 2009. Música intensa, sem a “cara” dos muitos hits da banda, talvez pela letra – não tão explícita como de costume – ou pela falta de apelo maior no refrão. Parceria de Dinho com o eterno “parceiro desconhecido” Alvin L., que a propósito, assina junto com Dinho 9 músicas do álbum: Ressurreição, Como Se Sente, Eu Quero Ser Como Você, A Menina Que Não Tem Nada, Não Sei Porque, Melhor, Eu Sei Quem Eu Sou, Marte Em Capricórnio e Vivendo e Aprendendo.

02 – Depois Da Meia Noite (3’20”): A primeira música de trabalho segue a cartilha dos sucessos do Capital Inicial pós anos 80: pop rock simples, refrão fácil e letra óbvia, nesse caso até infantil: “Dias de verão/e noites de inverno/a cidade as vezes, é um inferno/criei então, um universo/onde tudo era perfeito/e feito prá nós dois”. Sucesso garantido.

03 – Como Se Sente (2’54”): Começa tensa e discreta, mas logo depois se transforma em um típico rock dançante do Killers, ou será do New Order? A letra, estilo autoajuda, é um desfile de frases feitas, como “tudo tem preço”, “a vida ensina”, “aprenda a lição”, “nunca diga nunca mais” e “o mundo dá voltas”.

04 – Eu Quero Ser Como Você (3’02”): É a primeira balada do disco. Começa no piano que, apesar da banda entrar logo, conduz a música toda. O “eu” do título, diz na letra que se sente perdido e quer ser feliz e inabalável como o “você”, provavelmente uma garota, talvez um amigo. Nada que fuja muito do habitual.

05 – A Menina Que Não Tem Nada (2’46”): Começa como candidata a hit. A sequência de acordes é marcante, lembra inclusive a base de O Passageiro, versão do Capital para The Passenger de Iggy Pop. O refrão de A Menina..., entretanto, é fraco e coloca a perder o potencial pop da música.

06 – Não Sei Porque (3’13”): Boa balada levada no violão, mas o solo de guitarra soa muito óbvio, tanto na escolha das notas quanto no timbre. A melodia vocal traz algo de Skank.

07 – Melhor (2’17”): Com pouco mais de 2 minutos, a música é rápida e eficiente. Em alguns momentos surgem uns teclados que remetem novamente ao Killers. Mesmo a referência soando muito artificial, é algo válido por fugir um pouco ao padrão.

08 – Vamos Comemorar (3’44”): Mais uma balada. Vai crescendo com mudanças bruscas na harmonia até culminar em um refrão dramático, onde Dinho se arrisca em tons mais altos do que costuma cantar. Ainda há espaço para uma mudança de andamento no final, acelerando a música.

09 – Eu Sei Quem Eu Sou (3’51”): A letra sugere cenários fantásticos, algo como Alice No País Das Maravilhas: “Ela imagina flores/com cores que não existem em nenhum jardim/tem amigos imaginários/que prá toda pergunta/respondem sim”. Conta com uma série de mudanças de andamento.

10 – Marte Em Capricórnio (2’58”): Rock direto com melodia quase inteira em uma nota só, com direito a berros no refrão. A mais “pesada” do disco.

11 – Vivendo E Aprendendo (3’00): Clima de fim de álbum, ou fim de show. Começa com violão e palmas, que acompanham quase toda a música. Pensando bem, o clima está mais para rodinha de violão.


Depois Da Meia Noite

terça-feira, 22 de junho de 2010

Faixa a Faixa: The Drums


Banda: The Drums
De Onde: Nova York, Estados Unidos
Formação: Jonathan Pierce (Vocal), Jacob Graham (Guitarra), Adam Kessler (Guitarra) e Connor Hanwick (Bateria)
O que já lançou: Summertime EP (2009)
Site: www.thedrums.com - twitter.com/thedrumsforever - myspace.com/thedrumsforever

Disco: The Drums
Ano: 2010
Produtor: Jonathan Pierce


01 - Best Friend (3’29”):
As primeiras notas comprovam que não haverá surpresas desagradáveis, é o mesmo Drums do ótimo EP lançado em 2009. A música vai crescendo até chegar no grudento e ótimo refrão. É algo como um pós-punk desleixado com um vocalista de voz desleixada, ou seja, cool.

02 - Me And The Moon (3’15”): O início, na bateria, da a impressão que o Robert Smith, da fase inicial do Cure, vai entrar cantando a qualquer momento, mas quando entra a voz, a música remete a Strokes. E mais uma vez, um refrão ótimo.

03 - Let’s Go Surfing (2’58”): Essa deliciosa faixa já é conhecida, presente no EP citado. Posso falar que o refrão é ótimo novamente?

04 - Book Of Stories (3’40”): Segue o esquema das anteriores. Melodias simples, crescentes e bonitas.

05 - Skippin’ Town (3’24”): O início começa dar sinais de que as músicas são todas muito parecidas, mas quando entra o refrão você pensa: “quem se importa?”, coros e palmas ajudam o instrumental minimalista, escoltado por um teclado tipicamente gótico/pós-punk.

06 - Forever And Ever Amen (4’30”): É o primeiro single e a música mais longa do disco. A melodia é contagiante, uma das melhores do album.

07 - Down By The Water (3’28”): Também presente no EP, é a faixa mais lenta do disco, na verdade é a única lenta, lentíssima por sinal. A bateria se limita ao bumbo e (provavelmente) a uma meia lua, no fim também entra uma caixa desfigurada por efeitos. Tudo isso somado a um vocal em tom alto e desesperado.

08 – It Will All End In Tears (3’47”): A música é boa, mas aqui os timbres e o esquemão melancólico começam a dar sinais de cansaço.

09 – We Tried (3’48”): Aqui a melodia segue por linhas um pouco diferenciadas do resto do álbum, mas no geral a fórmula é a mesma.

10 – I Need Fun In My Life (3’29”): O título diz tudo sobre essa música melancólica e desleixada, mas bonita.

11 – I’ll Never Drop My Sword (3’50): Começa no violão, novidade! Mas apesar do instrumento, atípico no disco, conduzir quase toda a música, o andamento segue como as anteriores. Aqui, com violão, guitarras, teclado, bateria e coro (a banda usa uma guitarra no lugar do baixo) o som ganha mais corpo, mas não há um refrão forte como nas primeiras faixas.

12 – The Future (4’09”): Música com um que enigmático. Não sei exatamente o porque, mas me lembrou o encerramento do OK Computer, com The Tourist. Coroa muito bem a ótima estréia do The Drums.


Forever And Ever Amen