terça-feira, 30 de agosto de 2011

Destaques Internacionais do primeiro semestre de 2011


Texto originalmente publicado no Portal Iradio


Continuando a proposta da coluna anterior, a lista agora é de lançamentos internacionais do primeiro semestre. Na verdade a lista avança um pouco já na segunda metade do ano, alguém se importa?

Vamos à lista:


Collapse Into Now – R.E.M.: Talvez o melhor disco da banda desde “New Adventures in Hi-Fi” (1996), não que nesse tempo o R.E.M. não tenha lançado grandes trabalhos, mas aqui a qualidade aumentou bastante. Equilibra o punch do disco anterior (“Accelerate” de 2008) com baladas inspiradas. O álbum conta com participações de Eddie Vedder, Peaches e Patti Smith.

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Ouça: ÜBerlin







Hard Times And Nursery Rhymes - Social Distortion: Desde 2004 sem lançar discos, o Social D. volta escancarando a influência do Rolling Stones, que até então era mais contida. Como um todo, o disco tem a mesma pegada do álbum anterior, “Sex, Love And Rock’n Roll”, mas com a adição de sensacionais backing vocals femininos em algumas músicas e os já citados ecos “stonianos”.

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Ouça: California (Hustle And Flow)







Thank You Happy Birthday - Cage The Elephant: Apenas agora, com o segundo disco, que essa banda de nome curioso passou a ser mais notada. Pense em um Nirvana de bermudas tocando Pixies com refrões emprestados do britpop. O resultado é vibrante. Resgata a aura grunge dos anos 90, mas não deixa de olhar pra frente.

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Ouça: Shake Me Down






The King Is Dead - The Decemberists: É algo como um disco inspirado do R.E.M com um acento country/folk. Nada de muito novo, o som remete bastante ao próprio R.E.M., mas com a qualidade das melodias e das canções em si não há como deixar esse disco fora de listas de melhores do ano.


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Ouça: This Is Why We Fight







The King Of Limbs – Radiohead: O disco foi bastante criticado por, realmente, ser um trabalho menor do Radiohead, mas ainda assim pérolas são achadas facilmente nesse complexo disco. Thom Yorke mesmo quando erra, acerta.


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Ouça: Lotus Flower







Wasting Light - Foo Fighters: É o disco que o Foo Fighters estava devendo há muito tempo. Pesado, mas com refrões grudentos. A produção de Butch Vig, responsável pelo clássico do Nirvana, “Nevermind”, parece ter pesado nos planos de Dave Grohl, que recrutou novamente Pat Smear, agora para ocupar a terceira guitarra na banda. E o interessante é que nenhuma guitarra sobra, as três são perceptíveis e ocupam seu devido espaço nas músicas.


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Ouça: Arlandria







What Did You Expect From the Vaccines - The Vaccines: Tido inicialmente como o novo Strokes, o Vaccines causou bastante alarde quando lançou seu primeiro disco, no início do ano, agora parecem ter dado uma esfriada em repercussão, apesar de estarem tocando em grandes festivais e colecionando elogios por essas apresentações. A banda funciona como um cruzamento entre Ramones, Joy Division e Jesus & Mary Chain. Pode não salvar o rock, mas garante momentos de pura diversão.


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Ouça: All In White







Yuck – Yuck: Filhos de Sonic Youth, Dinossaur Jr. e outras bandas dessa geração, o Yuck não traz nada efetivamente novo, mas as guitarras barulhentas e as boas melodias funcionam muito bem.


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Ouça: Get Away






Segue uma pequena lista com mais discos internacionais já lançados esse ano:

21 - Adele
Angles - The Strokes
Anna Calvi - Anna Calvi
Arabia Mountain – Black Lips
Belong - The Pains Of Being Pure At Heart
Big Roar - The Joy Formidable
Blood Pressures - The Kills
Born This Way – Lady Gaga
Brilliant! Tragic! – Art Brut
Cape Dory - Tennis
Circuital - My Morning Jacket
Codes and Keys - Death Cab for Cutie
Colour Of The Trap - Miles Kane
Content - Gang of Four
Demolished Thoughts - Thurston Moore
Demons - Cowboy Junkies
Different Gear, Still Speeding – Beady Eye
Dynamite Steps - Twilight Singers
Father, Son, Holy Ghost - Girls
Femme Fatale - Britney Spears
Gimme Some - Peter, Bjorn and John
Give The Drummer Some - Travis Barker
Goblin - Tyler The Creator
Hardcore Will Never Die, But You Will - Mogwai
Helplessness Blues - Fleet Foxes
Hot Sauce Committee Part Two – Beastie Boys
I'm With You - Red Hot Chili Peppers
James Blake - James Blake
Jeff Bridges - Jeff Bridges
Kaputt - Destroyer
Killer Sounds - Hard-Fi
Let England Shake - PJ Harvey
Lollipop - Meat Puppets
Make Your Own Danger - Alina Simone
Making Mirrors - Gotye
Mine Is Yours - Cold War Kids
Nine Types Of Light - TV On The Radio
Pala - Friendly Fires
Ritual - White Lies
Rome - Danger Mouse and Daniele Luppi
Several Shades of Why - J. Mascis
Skying - The Horrors
Sondre Lerche - Sondre Lerche
Submarine - Alex Turner
Suck It And See – Arctic Monkeys
Take Care, Take Care, Take Care - Explosions In The Sky
Tao of the Dead - ...And You Will Know Us By The Trail of Dead
The Harrow and The Harvest - Gillian Welch
The Impossible Song and Other Songs - Roddy Woomble
The People's Key - Bright Eyes
The Shepherd's Dog - Iron and Wine
Ukulele Songs - Eddie Vedder
Underneath the Pine - Toro y Moi
Union Town - The Nightwatchman
Valhalla Dancehall - British Sea Power
Vices and Virtues - Panic! at the Disco
Walk The River - Guillemots
Watch The Throne  - Jay Z and Kanye West
Whatever's On Your Mind - Gomez
Who You Are – Jessie J


UPDATE





A Different Kind Of Fix – Bombay Bicycle Club: No meio tempo entre a publicação do texto no Portal Iradio e a postagem aqui, vazou o terceiro disco dos britânicos do Bombay Bicycle Club, atual banda queridinha aqui da casa. Depois de um primeiro disco vigoroso e um segundo bastante sutil, o BBC encontra um meio termo. Ainda há muito o que ouvir, mas logo de cara já dá pra perceber que trata-se de um grande disco.


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Ouça: Lights Out, Words Gone

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Destaques do primeiro semestre de 2011 (Discos Nacionais)


Estamos avançando pelo segundo semestre. As tradicionais listas de melhores discos do ano ainda estão distantes, mas alguns já despontam como favoritos. Enquanto outros chegam sem muito impacto, mas quando nos damos conta já é o nosso favorito.

Segue uma lista com alguns discos nacionais que destaco (em uma próxima coluna teremos a lista dos internacionais). É importante citar que algumas novidades surgiram na última semana: o Vanguart liberou para audição via facebook seu novo trabalho, “Boa Parte De Mim Vai Embora”; Erasmo Carlos lançou seu novo disco, “Sexo”; e o CSS também liberou para audição seu terceiro álbum, “La Liberación”.

Vamos à lista:



Nó Na Orelha – Criolo: Recebido com certa comoção pela crítica, o disco tem colecionado resenhas positivas e muitos elogios às apresentações ao vivo. A sonoridade tem um pé fincado no rap, nem tanto pelas rimas (que convivem harmoniosamente com boas melodias), mas sim pela estética e crítica social. Além disso há pitadas de reggae, música africana e tantos outros ritmos. Tudo com timbres refinados e produção cuidadosa.


Ouça: Não Existe Amor Em SP





O Segundo Depois Do Silêncio - Los Porongas: Em seu segundo disco, a banda acreana se mostra muita mais segura e ousada. As letras, muito bem elaboradas saltam aos ouvidos, mas o som não fica atrás. A base é rock, mas com espaço para bons arranjos de metais, experimentalismos e belas melodias. O disco, no geral, é um tanto denso, o lado pop é um pouco tímido, mas o resultado é grandioso.


Ouça: Silêncio





Canções De Apartamento - Cícero Lins: Já lembrado aqui nessa coluna, Cícero Lins lançou um daqueles discos que chega sem muito alarde. As canções são sutis, mas com personalidade. Canções de Apartamento é o disco que o Marcelo Camelo deveria ter lançado ao invés do irregular “Toque Dela”.


Ouça: João e o Pé De Feijão





Mono Maçã - Lê Almeida: Lê Almeida é um músico carioca que já gravou dezenas de músicas no esquema mais caseiro possível. Seguindo a estética lo-fi, Mono Maçã tem 23 músicas, algumas não chegam a 1 minuto. As guitarras sujas envolvem melodias tão grudentas que é quase impossível não se pegar diversas vezes cantarolando um verso ou mesmo um riff.


Ouça: Transporpirações





O Direito De Ser Nada – Violins: O Violins é uma banda de Goiânia com bastante tempo de estrada. Nesse sexto disco eles ainda não conseguiram superar seu melhor trabalho, “Tribunal Surdo”, mas é superior ao disco do ano passado, “Greve Das Navalhas. O som está mais enxuto que no trabalho anterior, mas o talento para melodias grandiosas e angustiantes continua intacto.


Ouça: Rumo de Tudo



Segue uma pequena lista (mais uma) com mais disco nacionais já lançados esse ano:
  

A Maré Nenhuma - Nuda
Chico - Chico Buarque
Clímax - Marina Lima
Comic Sans - Driving Music
Doozicabraba e a Revolucao Silenciosa - Emicida
Eu Sou do Tempo Que a Gente Se Telefonava - Bluebell
Humanish - Humanish
Memórias Luso Africanas - Gui Amabis
O Destino Vestido de Noiva - Fábio Góes
Odiosa Natureza Humana - Matanza
Que Isso Fique Entre Nós - Pélico
Seiva - Rancore
Skylab X - Rogério Skylab
Sonhando Devagar - Kassin
Sou Suspeita Estou Sujeita Não Sou Santa - Anelis Assumpção
Stinkin Like a Brazilian - Rubinho Troll
The Baggios – The Baggios
Toque Dela - Marcelo Camelo
Tropical Splash - Copacabana Club
Um Futuro Inteiro - Bonifrate
Um Labirinto Em Cada Pé - Rômulo Fróes
Volume 3 - Mopho 

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Bons sons, bons vídeos



Texto originalmente publicado no Portal Iradio

Quem: Cícero Lins
De onde: Rio de Janeiro
Clipe: Tempo de Pipa

Depois do fim da banda Alice, Cícero lançou este ano seu primeiro trabalho solo: “Canções de apartamento”. Um disco bonito, de personalidade e sério candidato às listas de melhores do ano. O clipe abaixo é da ótima Tempo de Pipa, primeira canção do disco e primeira música de trabalho do cantor. O vídeo é tão bom quanto a música, sem grandes pretensões, mas com um “clima” muito bonito. Uma boa dica para saber mais do cantor é a ótima entrevista que concedeu ao Scream & Yell.





Quem: Garotas Suecas
De onde: São Paulo
Clipe: Banho de Bucha

Banda paulistana que tem no currículo o EP Dinossauros e o disco, lançado em 2010, Escaldante Banda. Depois de arrancar elogios de boa parte da crítica e excursionar fora do Brasil, o grupo aparece com esse impagável clipe de Banho de Bucha, com participação do Jacaré, sim aquele do É o Tchan.







Quem: Emicida
De onde: São Paulo
Clipe: Então Toma

Esse rapper tem chamado atenção por onde passa. Seja pelas letras bem sacadas, as rimas ferozes ou pela incrível capacidade de improvisação. Aqui ele aparece com o clipe de Então Toma. Quase um curta metragem. As boas rimas habituais aparecem em meio a “atuações” interessantes e ótimos diálogos.






Quem: Nevilton
De onde: Umuarama/PR
Clipe: Delicadeza

O trio, que leva o nome do vocalista e guitarrista, apresenta o clipe de Delicadeza enquanto o tão aguardado primeiro álbum não vem. O vídeo é tão singelo quanto a música. Intercala bonitas imagens com momentos mais irreverentes.

sábado, 6 de agosto de 2011

Nirvana: um show clássico e 20 pontos a se destacar



Peguei esse vídeo no With Lasers. É o clássico show que o Nirvana fez no Rio de Janeiro em 1993, no Hollywood Rock. Destaco abaixo 20 pontos interessantes ao longo do show. Assista, vale a pena.


1) Início fodaço com School (02min56s)

2) Dave Grohl descendo o braço na bateria em Breed (11min35s)

3) Kurt Cobain desafinando absurdamente em In Bloom (15min26s)

4) A comoção do público com a introdução de Come As You Are (19min25s)

5) Kurt fumando ENQUANTO canta um verso de Love Buzz (25min25s)

6) Krist Novoselic zoando como se fizesse propaganda do Hollywood enquanto Kurt fuma (32min11s)

7) Primeira vez do vídeo em que são visíveis os olhos de Kurt (32min15s)

8) Kurt trocando a letra de Polly e Grohl se perdendo no backing vocal (43min12s)

9) Kurt cantando About a Girl absurdamente bem, ou seja, em In Bloom era zoação mesmo (35min09s)

10) Flea, do Red Hot Chili Pepers, tocando pessimamente um trumpete em Smells Like Teen Spirit (39min07s)

11) Primeira vez que a banda toca ao vivo Heart Shaped Box (55min35s)

12) Isso deveria ser um solo (58min47s)

13) Caos total, Kurt solando de frente com a caixa de som e cambaleando (01h04min30s)

14) Kurt cospe em uma câmera da Globo (01h07min22s)

15) Agora na outra (01h07min45s)

16) Kurt mostra o membro para a câmera, que tem a imagem cortada no exato momento, claro (01h08min42s)

17) Cuspiu nessa também (01h08min56s)

18) Dave Grohl aparece de sutiã (01h12min10s)

19) Kurt aparece de vestido e coroa (01h13min00s)

20) Kurt sai do palco engatinhando (01h27min15s)


Setlist

School
Drain You
Breed
Sliver
In Bloom
Come As You Are
Love Buzz
Lithium
Polly
About a Girl
Smells Like Teen Spirit
On a Plain
Negative Creep
Been a Son
Blew
Heart Shaped Box
Scentless Apprentice
Dive
Lounge Act
Aneurysm
Territorial Pissings

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Um breve ensaio sobre a famigerada “atitude”


Texto originalmente publicado no Portal Iradio

Desde o início do rock’n roll, por volta dos anos 50, a palavra “atitude” é inerente ao estilo musical. Afinal, o caráter transgressor do gênero foi o que motivou sua existência. Quando começou, o rock rompeu padrões morais e garantiu um som que atendesse aos anseios da juventude, que até então compartilhava o gosto musical dos pais. Resumindo, os jovens, que antes ouviam junto com a família, comportadamente, músicas de Frank Sinatra e outros, viram em Chuck Berry, Bill Halley e no rebolante Elvis Presley algo que realmente traduzia o sentimento que tinham em relação ao mundo na época.

Dando um longo salto no tempo, chegamos a uma época em que a tão celebrada “atitude” perdeu totalmente o sentido. Para ilustrar, o CPM 22 já protagonizou uma propaganda de lâmina de barbear em que os integrantes da banda diziam algo como: “quem tem atitude usa essa marca!”. Isso sem contar o Chorão, do Charlie Brown Jr., talvez um dos maiores responsáveis pela banalização da palavra “atitude”.

Obviamente isso é uma análise simplista, por trás de todo percurso do desgaste do termo há uma forte lógica de mercado que rege diversos segmentos da indústria fonográfica. Como hoje tudo se vende, com a “atitude rock’n roll” a história não seria outra. Toda essa contextualização serve simplesmente para enumerar brevemente alguns exemplos de bandas e artistas que já tiveram atitude de fato, e não ficam apenas posando de subversivos. Importante ressaltar também, que a atitude a que se refere a coluna de hoje é ligada a proposta musical, a questão referente a ativismo político/social é tema para uma próxima vez.


Radiohead - Em 1997 o grupo britânico lançou Ok Computer, o disco que alavancou definitivamente a carreira da banda e é considerado como um dos albums fundamentais da década. Foi o momento em que o Radiohead viu o mundo pop aos seus pés, era a chance que tinham de seguir o caminho mais fácil, entregar discos mais do mesmo para os fãs e capitalizar muito em cima disso. Mas não. Em 2000 a banda decidiu simplesmente pirar e lançar seu disco mais complexo e anti-comercial até então, Kid A. Felizmente, fazendo justiça à decisão corajosa da banda, o disco foi ainda melhor em vendas que o anterior e deu fôlego ainda maior a carreira do grupo.


Bruce Springsteen – Situação semelhante a que aconteceu com o Radiohead ocorreu quase 20 anos antes com Bruce Spingsteen. Desde 1975, quando lançou o bem sucedido Born To Run, vinha colhendo os louros da fama. O duplo, The River, de 1980, vendeu 2 milhões de cópias. Até que, em 1982, surpreendeu a todos com o album Nebraska. Os fãs, acostumados com rocks de arena, se depararam com canções folk intimistas, levadas apenas com voz, violão e gaita. Bruce, que também era reconhecido por apresentações vigorosas, não realizou shows nesse período, preferiu usar o tempo para compor mais músicas.


Los Hermanos – Como representante nacional nessa pequena lista, o Los Hermanos é um bom exemplo a se citar. Depois do estrondoso sucesso radiofônico de Anna Júlia, seguida por Primavera, a banda se viu em uma situação complicada. Primeiro porque os dois singles não refletiam todo o som da banda, eram na verdade duas exceções no repertório. E ainda percebiam que não queriam trilhar nem o caminho das outras canções do disco. Foi quando apareceram com Bloco do Eu Sozinho, totalmente na contramão do disco anterior. Rock alternativo permeado com doses de samba e vários outros estilos. A gravadora, Abril Music, não gostou, devido ao caráter anti-comercial. O resultado de tudo isso é que o disco foi lançado, as vendas foram consideravelmente inferiores, mas a banda seguiu nesse caminho, conseguiu uma sólida carreira, influenciou dezenas de bandas independentes que não viam alternativa para os rumos do som que praticavam, e consolidou uma multidão de fãs fiéis como há muito não se via no rock brasileiro. 

Com esses exemplos caímos ainda em outra questão: o propósito de reinvenção da arte. Em tempos que a música é, definitivamente, um produto, a necessidade de se reinventar e se arriscar em novos caminhos é ainda mais urgente. Afinal, qual é a função do artista se ele não tiver o desprendimento necessário para abandonar seu porto seguro e buscar novos ares? qual é a graça da arte se o artista se limitar a sua zona de conforto? Desprendimento, coragem, reinvenção. Isso é atitude!